domingo, 6 de janeiro de 2013

Lágrimas Que Não Cessam (Lágrimas De Voz).

Inicio o escrito ao som mais "farofa" que há: Iron Man do Black Sabbath que, em minha humilde opinião, é o hino do metal.


E por uma fresta fitei o garoto mais belo da cidade, detentor dos olhos que lembravam o meu pai. Se eu pudesse traduzir a sensação de admirá-lo, seria como um final de tarde outonal.
Rememoro o dia que você passou a mão em minhas cicatrizes, você as compreendia como ninguém. Justamente, por isso, tal falha seja tão dolorida para mim.
Ontem, vi você, no mesmo boteco e do mesmo banheiro que você conheceu todas as minhas marcas. Àquelas que você nomeou como "lágrimas de voz".
Sempre nos entendemos pelo trejeitos e ao mirá-lo, lembrei do romance da Virginia Woolf:  Mrs. Dalloway, sempre dando festas para encobrir o silêncio, sequencialmente, com a música There In The Silence - Savatage.
Como na trilha sonora, o meu sentimento transmutou e não sei decifrá-lo. Apenas, almejo que o desfecho não seja em decerta implosão, e, sim, belamente poético.
Eu sou cônscia da minha intensidade, o quão danificada sou, demonstra a afirmativa! E preferi acreditar que há algo incrivelmente bom em seu interior: sim, você diria que não cortei o elo com o mundo infantil. Talvez, eu não queira, justamente, para não perder à alusão que construí perante você e o final de tarde outonal.
Talvez, por não desejar encarar o mundo como ele é.

Esse escrito não terminou...

Trilha sonora, décadas que se passam, amores aturdidos, o metal que termina no grunge e com essa música encerro um escrito interrompido: Black - Pearl Jam.




Links:
Filme - Mrs. Dalloway - https://www.youtube.com/watch?v=w227rhzbQ_c

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