segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Otimismo no peito.

“By the truth we are undone. Life is a dream. 'Tis the waking that kills us. He who robs us of our dreams robs us of our life.”

E o que eu gravei no peito: "Life is a dream. 'Tis the waking that kills us".


E existem noites que o acordar não é permissivo.


Trecho da escritora Virginia Woolf em sua obra Orlando.

2013

Intelectualizaria o texto, ao abordar o rito de passagem de ano pela coerção social, ou, acerca do legado cristão, no entanto, almejo tranquilidade.
O único rito que tomei para mim fora o de assistir a algum filme. Em 2012, o escolhido foi Melancolia.
E, agora, revejo Os Contos Proibidos Do Marquês de Sade: https://www.youtube.com/watch?v=S0aLo6PNaZo


E a trilha sonora que tem me acompanhado:
https://www.youtube.com/watch?v=expBWx6Rj34

O guitarrista (Carlos de Lucca) tem um outro trio de blues, também. Conheci no The PUB localizado na rua Augusta! Tocam todas às segundas-feiras e dois Sábados por mês.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A sombra e o sol.

Larissa é o quinto dos satélites conhecidos de Netuno: distância de Netuno: 73.600 km diâmetro: 193 km (208 x 178) (conhecido também como 1989 N 2, 1981 N 1) Larissa era mãe de Pelasgo, filho de Poseidon (Netuno). Larissa foi "oficialmente" descoberto em 1989, pela Voyager 2 embora tivesse sido observado, em 1981, por Dave Tholen e colegas, através do método de ocultação estelar.
Como Proteu, Larissa tem forma irregular (não-esférica) e parece ser extremamente craterizada.

Fantástico.

Wittgenstein e Hitler na mesma fotografia.

Bela(mente) angustiante.

Bela(mente) angustiante, ela mente angustiada. A angústia, belamente, retratada.


Filme: Cenas De Um Casamento.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Marina E Os Seus Desdobramentos.


Luana

Luana é a personalidade mais soturna de Marina. Tal como o nome Luana, os seus pensamentos remetiam à luminosidade da lua, eram etéreis. Ela costuma usar vestidos longos e pretos com sandálias rasteiras para que pudesse sentir o frescor da noite.
Almoçava ,impreterivelmente, todas as sextas-feira no Subway localizado na esquina da rua Cardoso de Almeida com a rua Itapicuru no bairro Perdizes e fitava àquele homem que beirava os 40 anos trajado de bermuda com All Star, na verdade, creio que esse sujeito não passava de sua imaginação. E no início do final da semana, ela fazia terapia com um psicanalista lacaniano que sempre se vestia da mesma maneira, com as mesmas roupas para denotar impessoalidade.
 Luana admirava o seu psicanalista por impor regras, afinal no início da idade adulta fora diagnosticada como borderline pela falta de limites características em todas as suas relações. Ela era cônscia sobre a sua intensidade: sufocava as pessoas. O seu melhor amigo dizia que a sua sensibilidade e intensidade era a sua característica mais bela e mesmo, arduamente, afirmando a ela, Luana não aceitava nenhum elogio, pois em algum estudo estadunidense, ela leu que o cerébro dos borderlines processavam as informações rapidamente comparado a outras pessoas, como ela temia confudir-se, resolveu não acreditar em elogios. Aos 23 anos de idade apaixonou-se por Kauâ, talvez, não tenha se encantado por ele propriamente, mas pela forma que ele a tratava.
Em suas sessões, Luana sempre discutia com o seu terapeuta porque ele queria que ela nomeasse os seus sentimentos. Luana, no entanto, descrevia os sentimentos como difusos, gasosos em tons de cinza com roda, e, transformava-se em chuva como nas nuvens, na realidade: eram lágrimas.
Marina se referia a Luana como o seu inferno necessário por Luana a manter presa à terra, inclusive a apelidou de Luana Woolf.
Luana confiava apenas em seu melhor amigo, dedicando a ele a última carta escrita por Virginia Woolf a Leonard. Ela tinha uma forte identificação com a escritora, pois a mesma escreveu que estava sempre beirando à loucura. Com o aproximar de alguma crise, Luana cortava a parte interna da coxa, e, nomeava a sua ação não como mutilação, mas como lágrimas de voz: barulhos transformados em tormentos que findavam comumento no centro do peito.
Luana ressurgia em Marina, quando ela se sentia rejeitada, Luana não se sentia querida, bem-quista. Ela elegeu como como deusa, uma semi-deusa: Medusa, o olhar petrificado dela tornava-se o seu, sempre tremido e prester a chorar.
Marina tomava algumas miligramas de Frontal, pois dizia ser um front no seu frontal. Por muitos anos Luana tomava forma de penunbra, sendo que inúmeras vezes Marina penso em exorcizar o dito "inferno necessário".

Luana contemplava o teto enquanto se banhava, implorando por um milagre, no fundo, sabia da sua solitude. Chorava desesperadamente todas as manhãs.
Marina angustiada dirigia um olhar atento, cúmplice de sua dor. Luana segurava a cabeça fortemente com as duas mãos para tentar brecar os seus pensamentos. O reconforto vinha com a água quente do chuveiro como a representação da água da chuva, ela almejava o sacro, subime, para libertá-la de si.´

 Água, chuva, chuveiro, nuvens, São Pedro e o pensar difuso a desgastava.

O Gerundismo Como Ato Panfletário.

Reativei-o com o mesmo título de um extinto blog envolto de uma fase macabra. Rumei a outra fase e estou a escrevinhar alguns instantes (im)pensados!
Logo, que tal falarmos da nossa língua pátria inserida no cenário atual?
O gerundismo e o seu emprego em nossas conversações é recente! Alguns gramáticos afirmam que o gerundismo é o uso sistemático nas locuções verbais, alguns dizem que o gerundismo é a mais nova moda, após o "a nível de".
Eu digo que o gerundismo representa toda uma geração presentista que vivencia as intempéries da contemporaneidade: a impermanência, o estado gasoso em que as palavras foram transformadas, no entanto, o meu texto não é baseado nessa discussão.
Através desse ensaio pretendo que vocês compreendam que o gerundismo é a próxima revolução, afinal ao efetuarmos uma chamada telefônica e a simpática teleatendente diz: "O senhor ou a senhora pode estar aguardando na linha, que eu vou estar transferindo sua ligação", ela pensa que está falando bonito, mas na verdade não sabe que está imbuída de ação e que torna-se-á sujeito de revolução. E todos estaremos falando conjuntamente e lutando por algo que não sabemos dado o impreciso contexto vivenciado.
O gerundismo será encarado como ato panfletário.

Você não compreendeu?
Eu também.


É um devaneio, outro instante (im)pensado ou como diria Caetano Veloso: ou não...